Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:

Câmara rejeita cassação da deputada Carla Zambelli - Rádio Nova Ribeirão - O Som da Nossa Terra

Fale conosco via Whatsapp: +55 16 960008600

No comando: Coração Sertanejo

Das 1:00 às 2:00

No comando: Tudo de melhor

Das 7:00 às 9:00

No comando: Bom dia Dácio Campos

Das 7:00 às 12:00

No comando: Programa NHOVAL

Das 8:00 às 9:00

No comando: Conciliação

Das 9:00 às 10:00

No comando: Samba e Tal

Das 10:00 às 12:00

No comando: A Voz da Cidade

Das 12:00 às 13:00

No comando: Eu, ela e a música

Das 13:00 às 14:00

No comando: Tardes de Sábado

Das 13:00 às 18:00

No comando: Boa tarde Ribeirão

Das 14:00 às 15:00

No comando: Tempo de Qualidade

Das 15:00 às 16:00

No comando: Sucesso musicais de ontem, hoje e sempre

Das 15:00 às 17:00

No comando: Mão Dupla Cultural

Das 16:00 às 18:00

No comando: Butecão da Nova Ribeirão

Das 18:00 às 19:00

No comando: Rota 333

Das 18:00 às 22:00

No comando: Em algum lugar do passado

Das 21:00 às 22:00

Câmara rejeita cassação da deputada Carla Zambelli

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quinta-feira rejeitar a perda de mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A proposta recebeu 227 votos favoráveis e 110 contrários, além de 10 abstenções. Para cassar o mandato, seriam necessários 257 votos. Com o resultado, a representação da Mesa Diretora contra a parlamentar será arquivada.

Zambelli foi condenada em definitivo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Após o trânsito em julgado, ela deixou o país e foi presa na Itália, onde aguarda o processo de extradição.

A posição da CCJ

Na véspera da votação, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou parecer do deputado Claudio Cajado (PP-BA) recomendando a cassação. Ele argumentou que o cumprimento de pena em regime fechado torna impossível o exercício do mandato.

“O mandato exige presença, participação no plenário e nas comissões. Como exercer isso preso em regime fechado?”, questionou.

Cajado citou precedente do STF no caso do ex-deputado Nelson Meurer, julgado em 2018. A representação analisada pela CCJ foi enviada pela Mesa Diretora após comunicação do Supremo sobre a condenação.

Condenação e participação nas invasões

A 1ª Turma do STF condenou Zambelli por participação nas invasões realizadas por Walter Delgatti Neto e Thiago Eliezer — ambos presos na Operação Spoofing. Segundo o Ministério Público, em janeiro de 2023 foram feitas 13 invasões para inserir 16 documentos falsos nos sistemas do CNJ, entre eles mandados de prisão e ordens de bloqueio de ativos. Um dos documentos trazia até um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.

Além da pena de reclusão, a deputada foi condenada ao pagamento de multa e indenização de R$ 2 milhões.

Parecer rejeitado e disputa interna

O primeiro relator do caso na CCJ, deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), havia apresentado relatório contrário à cassação. Para ele, as provas nos autos eram frágeis e não demonstravam participação direta da parlamentar. O parecer, porém, foi derrotado após mudança na composição da comissão.

Garcia afirmou que laudos e depoimentos indicariam inconsistências nas declarações de Walter Delgatti, testemunha central no processo.

Argumentos da defesa

O advogado de Zambelli, Fábio Pagnozzi, também contestou a robustez das provas e disse que a condenação do STF estaria fundada em depoimentos “instáveis” de Delgatti.

Ele afirmou ainda que a manutenção do mandato poderia favorecer a situação jurídica da deputada na Itália.

“Tudo o que ela quer é preservar sua dignidade. A cassação só reforçaria uma injustiça”, declarou.

Debate no plenário

O tema dividiu líderes partidários. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) defendeu que a cassação deveria ter sido efetivada de forma administrativa, considerando que a parlamentar já está presa.

Por outro lado, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), defendeu que o plenário não votasse a cassação. Segundo ele, a Mesa Diretora poderia declarar a perda do mandato em breve por excesso de faltas — previsão contestada posteriormente por parecer técnico da Casa, que projeta o limite apenas para 2026.

Já a líder da Minoria, Chris Tonietto (PL-RJ), afirmou que cabia à Câmara a decisão final e classificou a cassação como uma “perpetuação da injustiça”.

Deixe seu comentário: