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O Brasil registrou a menor taxa de desocupação da série histórica no segundo trimestre de 2025: apenas 5,8% da população economicamente ativa estava sem trabalho, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (18). O índice é o mais baixo desde o início da pesquisa, em 2012, e reflete uma melhora em relação ao trimestre anterior, quando 18 dos 27 estados apresentaram queda no desemprego.
Desigualdades regionais e raciais
Apesar do cenário positivo, as disparidades entre estados seguem gritantes. Enquanto Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%) lideram com as menores taxas, Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%) ainda enfrentam desafios significativos.
A desigualdade também aparece quando analisamos gênero e raça:
Homens têm taxa de desocupação de 4,8%, contra 6,9% das mulheres.
Brancos (4,8%) estão em situação melhor que pretos (7,0%) e pardos (6,4%).
Educação e informalidade
Quem tem ensino médio incompleto sofre mais: a taxa de desemprego nesse grupo é de 9,4%, mais que o dobro da registrada entre pessoas com nível superior completo (3,2%).
A informalidade ainda atinge 37,8% dos trabalhadores, com Maranhão (56,2%), Pará (55,9%) e Bahia (52,3%) no topo do ranking. Já Santa Catarina (24,7%) e Distrito Federal (28,4%) têm os melhores índices.
Renda em alta, mas concentrada no Sudeste e Sul
O rendimento médio do brasileiro subiu para R$ 3.477, com crescimento em relação a 2024. No entanto, o aumento foi mais significativo no Sudeste (R$ 3.914) e Sul (R$ 3.880), enquanto outras regiões ficaram estáveis.
Melhora no mercado de trabalho
O número de pessoas que buscam emprego há mais de dois anos caiu 23,6% em um ano, chegando a 1,3 milhão – o menor patamar desde 2014. Além disso, 74,2% dos empregados no setor privado têm carteira assinada, com destaque para Santa Catarina (87,4%) e São Paulo (82,9%).
Apesar dos avanços, o desalento (pessoas que desistiram de procurar trabalho) ainda preocupa em estados como Maranhão (9,3%) e Piauí (7,1%), enquanto Santa Catarina (0,3%) tem o menor índice.
Conclusão:
O mercado de trabalho brasileiro mostra sinais de recuperação, mas os desafios históricos – como desigualdades regionais, de gênero e raça – ainda exigem políticas públicas direcionadas. Enquanto alguns estados celebram pleno emprego, outros precisam de atenção urgente para reduzir a informalidade e o desalento.
Fonte: Agência IBGE