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O ministro Alexandre Silveira, afirmou que sua pasta, o Ministério de Minas e Energia (MME), deve propor na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que a participação do etanol na gasolina suba de 27% para 30%. Ele disse ainda que a iniciativa permitirá que o país deixe “praticamente de ser importador de gasolina”.
As declarações foram feitas durante o seminário “Gás para Empregar: construindo uma estrutura justa e sustentável de preços”, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo. O ministro disse também que isso é um dos fatores que fará com que a Petrobras contribua mais com o Brasil, mas negou que haja intervencionismo na estatal, pois “não continuaria valorizando tanto”.
Ainda sobre a companhia, disse que é preciso que sua “estrutura corporativa” ajude o Brasil reduzindo a reinjeção de gás natural do País, para alcançar a média nacional. “Precisamos que Petrobras compreenda a necessidade de mudar isso daqui pra frente”, completou.
A medida já vem sendo estudada há algum tempo pelo ministério, mas também chega num momento de pressão sobre o preço do petróleo por causa do conflito Israel e Irã. Nesta segunda-feira, 16 de juho, o preço da commodity recuava mais de 1%, após o salto dos últimos dias. No domingo (15), chegou a subir 7%, após já ter tido uma alta de mais de 10% na sexta-feira (13).
Tarifa de gás – Silveira afirmou que a definição sobre o chamado “pass through”, que propõe excluir custo de transporte de gás natural dos contratos das termelétricas e repassá-lo aos consumidores, no Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP) 2025, ocorrerá depois da nova consulta pública sobre o certame.
“O Ministério de Minas e Energia (MME) não pode ter uma posição antes de ouvir a sociedade e ouvir o setor. A consulta pública é um instrumento para isso. Depois de feita a consulta pública, o MME, naturalmente defendendo o interesse do país, vai se pronunciar”, disse ele.
Silveira reiterou ainda que a Pasta pretende abrir esta consulta pública “o mais rápido possível, este mês ainda”. A expectativa é que o leilão, que visa contratar potência para o sistema elétrico brasileiro, ocorra ainda este ano. Inicialmente, estava marcado para 27 de junho, mas foi cancelado depois de judicialização.
O ministro afirmou ainda que a solução para os cortes de geração por razões sistêmicos (curtailment) também será publicada neste mês, por meio de portaria, mas não detalhou. Questionado se esta solução passaria por ressarcimento aos geradores de eletricidade, afirmou que o tema segue em discussão em grupo de trabalho.
Fonte: Jornal Tribuna