Fiscalização no Mercadão descarta 170 kg de alimentos irregulares em Ribeirão Preto - Rádio Nova Ribeirão - O Som da Nossa Terra

A Divisão de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal da Saúde realizou, nesta quarta-feira (12), uma fiscalização de rotina no Mercado Central de Ribeirão Preto (Mercadão). A ação teve como objetivo garantir a segurança alimentar e o cumprimento das normas sanitárias.

O que foi encontrado

Sete boxes foram vistoriados e quatro deles foram autuados por irregularidades.
Foram apreendidos:

• 120 kg de produtos sem procedência ou sem rotulagem, que foram inutilizados e enviados ao aterro sanitário;
• 50 kg de alimentos interditados, que poderão ser recuperados caso os comerciantes apresentem documentação comprobatória.

Ao todo, 170 kg de produtos foram retirados de circulação. Entre os itens estavam garrafas de manteiga, queijos meia-cura, queijos curados e chancliche — todos sem inspeção sanitária, sem selo de certificação e sem rastreabilidade.

Os produtos interditados foram lacrados e devem permanecer no local até conclusão da análise. O comerciante fica como fiel depositário e não pode retirar o material sem autorização da Vigilância.

Histórico de irregularidades

Esta é a segunda grande operação no Mercadão neste semestre.
Em 25 de agosto, 270 kg de queijos e derivados de leite já haviam sido apreendidos por falta de identificação, validade e certificação. Na ocasião, houve confusão, e Polícia Militar e GCM foram acionadas.

Desde fevereiro, os comerciantes vinham sendo orientados pela Vigilância Sanitária e pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM) sobre a necessidade de regularização. Foi estabelecido prazo até 6 de agosto para adequações, mas parte dos estabelecimentos não cumpriu as exigências.

Por que os produtos foram descartados

Segundo a chefe do SIM, Jéssica Martins, nenhum dos produtos apreendidos apresentava selos de inspeção — nem municipal (SIM), nem nacional (Sisbi-POA), nem o Selo Arte, voltado para produtos artesanais.
Também não foram entregues as análises microbiológicas solicitadas para avaliar a segurança dos queijos.

“Nosso objetivo é garantir condições sanitárias adequadas e proteger a saúde da população”, afirmou Jéssica Martins.

Impacto e repercussão

O descarte gerou discussão nas redes sociais:

• parte do público apoiou a ação, destacando a importância da fiscalização;
• outros criticaram o que chamaram de desperdício de alimentos e prejuízo aos comerciantes.

A Vigilância Sanitária reforçou que continuará com as fiscalizações para assegurar que os alimentos comercializados atendam às normas vigentes e não representem risco à saúde.