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O Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural de Ribeirão Preto (Conppac) aprovou, nesta segunda-feira, 18 de agosto, a troca do telhado do Theatro Pedro II e das 15 caixas d’água do prédio que integra o chamado Quarteirão Paulista. A aprovação ocorreu em assembleia extraordinária e atendeu a uma solicitação da presidente da Fundação Dom Pedro II, a jornalista Flávia Chiarello.
O Theatro Pedro II também é patrimônio cultural tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), ligado ao governo do Estado de São Paulo. As intervenções são necessárias porque o telhado – incluindo a cúpula – está com goteiras.
Em dias de chuva, atingem vários pontos do teatro. Já os reservatórios de água são de amianto, material cancerígeno proibido desde 2014. As obras têm custo estimado de R$ 755 mil e parte dos recursos – R$ 396 mil virá de emenda parlamentar do deputado federal ribeirão-pretano Baleia Rossi (MDB).
Na semana passada, os vereadores aprovaram projeto de lei do Executivo que solicitava a abertura de crédito para a Secretaria Municipal da Cultura e Turismo para o uso dos recursos enviados pelo deputado. O prazo previsto de duração das obras será de 120 dias contados quando da data da emissão da ordem de serviço.
Por também ser tombado pelo Condephat, as intervenções terão de ser aprovadas também pelo Estado de São Paulo, o que deverá acontecer sem dificuldades, já que laudo com a situação do telhado e das caixas de águas servirão de fundamentação para o pedido.
Em 8 de outubro, o Theatro Pedro II completará 95 anos marcados por muitos espetáculos, exibição de filmes e shows. O espaço se tornou a casa de artistas nacionais e internacionais. Foi construído entre 1928 e 1930 a pedido do advogado João Alves Meira Júnior, um dos fundadores da Cia. Cervejaria Paulista. O projeto foi elaborado pelo arquiteto Hippolyto Gustavo Pujol Júnior, e a parte estrutural da construção coube à empresa alemã Kemmitz.
Em 15 de julho de 1980, durante a exibição do filme “Os Três Mosqueteiros Trapalhões”, um incêndio destruiu a cobertura, o forro do palco e grande parte do interior, incluindo-se o teto. A reconstrução só teve início mais de dez anos depois, em 1991, liderada pela construtora Jábali Aude.
A reinauguração aconteceu em 19 de junho 1996, na comemoração do aniversário de 140 anos de Ribeirão Preto. Desenhado pela artista Tomie Ohtake, o lustre de cristal “Gota D’Água” é coberto por uma cúpula de gesso estrutural, com a fixação de lâmpadas especiais que fazem suas luzes passar por entre os recortes, criando um efeito escultural único.
Com 1,4 mil quilos, tem 2,7 metros de altura por 2,2 metros de largura e possui mais de 80 lâmpadas. O desenho na cúpula do teatro também é obra da artista nipo-brasileira. Os ferros retorcidos são uma alusão às chamas do incêndio de 1980.
O objeto é um dos símbolos da reinauguração do Theatro Pedro II, em 19 de junho de 1996, após passar 16 anos fechado devido a um incêndio em julho de 1980. É coberto por uma cúpula de gesso estrutural, com a fixação de lâmpadas especiais que fazem suas luzes passar por entre os recortes, criando um efeito escultural único.
No formato de uma gota d’água, a obra-prima de Tomie Ohtake pesa quase uma tonelada e meia e remete ao incêndio, assim como o desenho do teto (uma alusão às labaredas que lamberam o teto original), que também foi projetado pela artista, que na ocasião da restauração escalou andaimes para fazer os desenhos a lápis na base de gesso que antecedeu a versão definitiva.
Fonte: Jornal Tribuna Ribeirão